sexta-feira, 27 de março de 2009

Vidro sem luz





Vidro sem luz,
espreito por essa vidraça
negra como breu,
por ela vejo a estrada de pedras negras
ouvindo apenas o ruido dos automóveis que nela passam
e o sussurro de alguém que aquela hora vagueia pela rua escura.
Vidro sem luz,
alma negra,
aura apagada,
guitarra sem cordas que não fazes ecoar
qualquer som no meu coração.
Vidro sem luz,
sem poder,sem energia,
escuridão das trevas,
que nos transporta ao vazio,
ao sentimento de perda
que nos fazes sentir pesadelos,
dor,
saudades da tua luz,
a espreitar pelas vidraças,
do teu brilho,
do teu calor quando o sol batia em ti,
ah!!! como as tuas cores eram bonitas,
os teus tons brilhantes como o sol,
mas agora és negro,
negro,como os dias cinzentos de chuva,
como a escuridão da noite que cai,
como o céu sem luar,
a tua luz simplesmente desvaneceu-se,
apagou-se,
e tudo o que se vê além de ti se transformou
e e´agora diferente,
mais escuro,
mais triste
uma sombra
sem vida.

Susana Garcia

quinta-feira, 26 de março de 2009

Guernica- Pablo picasso




Guernica é um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da República Espanhola. Medindo 350 por 782 cm, esta tela pintada a óleo é normalmente tratada como representativa do bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães, apoiando o ditador Francisco Franco. Actualmente está no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.


A pintura foi feita sem uso de cores, em preto e branco - algo que demonstrava o sentimento de repúdio do artista ao bombardeio da pequena cidadezinha espanhola. Claramente em estilo cubista, Picasso retrata pessoas, animais e edifícios destruídos pelo intenso bombardeio da força aérea alemã (Luftwaffe), já sob o controle de Hitler, aliado de Francisco Franco.

Morando em Paris, o artista fã de Diogo soube dos fatos desumanos e brutais através dos jornais - e daí supõe-se tenha saído a inspiração para a retratação monocromática do fato.

Sua composição retrata as figuras ao estilo dos frisos dos templos gregos, através de um enquadramento triangular das mesmas. O posicionamento diagonal da cabeça feminina, olhando para a esquerda, remete o observador a dirigir também seu olhar da direita para a esquerda, até o lampião trazido ainda aceso sobre um braço decepado e, finalmente, à representação de uma bomba explodindo.


Citação
No, la pintura no está hecha para decorar las habitaciones. Es un instrumento de guerra ofensivo y defensivo contra el enemigo.
Não, a pintura não está feita para decorar os cômodos. É um instrumento de guerra ofensivo e defensivo contra o inimigo.
Pablo Picasso, sobre Guernica.

Curiosidades
Conta-se que, em 1940, com Paris ocupada pelos nazistas, um oficial alemão, diante de uma fotografia reproduzindo o painel, perguntou a Picasso se havia sido ele quem tinha feito aquilo. O pintor, então, teria respondido: "Não, foram vocês!".
Na parte central (inferior direito) do quadro, a pelagem do cavalo mutilado é retratada com pequenos traços verticais. Picasso teria começado a fazê-las, mas quem as terminou teria sido sua esposa, pois o artista teria dito que davam muito trabalho.
Esteve exposto no Casón del Buen Retiro antes de ir para o Museu Reina Sofia em 1992.
O quadro, transferido para Nova Iorque durante a Segunda Guerra Mundial, recebeu do pintor a ordem de que apenas quando a Espanha natal fosse um país democrático poderia para lá ser transladada. Ficou sob a guarda do Museu de Arte Moderna de Nova York - MOMA. Isso ocorreu apenas a 9 de Setembro de 1981 [1], sendo Guernica retirada do MOMA rumo a Madrid. Tinha chegado ao final a peregrinação da obra a que chamavam os espanhóis de "el último exiliado".
Em janeiro de 1973,e com o título "The Great Guernica Fraud", o professor Jeffrey Hart do Dartmouth College, publicou no National Review um estudo onde sustenta a tese de que bombardeio de Guernica não ocorreu. O artigo foi reimpresso nos jornais "Die Welt" e "Il Tempo". No último teve o título: "Revelações sensacionais destroem um Mito"

terça-feira, 24 de março de 2009

Felicidade





Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

Vinicius de Moraes

sexta-feira, 20 de março de 2009

Primavera



Primavera estação das flores e dos amores,do som dos passarinhos,estação em que tudo fica colorido e com um perfume especial.

Selos e Jóias




Este blog que você lê neste momento recebeu uma jóia da Elaine, do blog Um pouco de mim, que recebi da minha amiga zezé.
Como todo selo, este também chega acompanhado de alguns passinhos para serem seguidos:
1. Escrever uma lista com oito coisas que sonhamos fazer antes de morrer ;
2. Convidar oito parceiras (os) de blogs amigos para também responder ;
3. Comentar no blog de quem convidou ;
4. Comentar no blog de nossos (as) convidados (as) para que saibam da convocação;

Vamos às tarefas:
1 - Lista de oito coisas que sonho fazer:

1-ter emprego ou um negócio meu
2-Ajudar a minha mãe
3-ir viajar a paises que ainda não conheço
4-Escrever um livro
5-ter uma casa para mim
6- conhecer mais pessoas
7- plantar muitas árvores e flores
8-estudar mais alguma coisa

2- vou convidar para o desafio,Anamgs,Zorze,Fumador,João Menéres,Cidália,Eduardo PL,Ana Patricia Jorge,Yolanda

quinta-feira, 19 de março de 2009

Dia do Pai




O Dia do Pai constitui uma homenagem aos pais de todo o mundo. Em Portugal o Dia do Pai celebra-se a 19 de Março, o Dia dedicado a São José, pai de Jesus. A criação de um dia de homenagem aos pais terá acontecido nos Estados Unidos quando Sonora Luise pretendia um dia especial para homenagear o seu pai, William Smart, um vetereno da Guerra Civil que ficou viúvo quando sua esposa deu à luz ao seu sexto filho.

terça-feira, 17 de março de 2009

Uma linda aldeia com o meu Nome.Santa Susana





Localizada entre duas ribeiras, afluentes da margem direita da ribeira de Alcáçovas, a freguesia de Santa Susana é caracterizada pelas suas casas tipicamente alentejanas. Distanciada da sede do concelho por 15 km, a pequena freguesia é composta pelas localidades de Santa Susana, Barrancão, Foros de Corte Pereiro e Pêgo do Altar.
Na área da freguesia localiza-se uma mina de carvão denominada Mina da Ordem, que em 18 de Agosto de 1839 teve o seu alvará concedido à Companhia das Minas de São Pedro da Cova. Este topónimo fica a dever-se, certamente, ao facto da freguesia ter sido uma capelania da Ordem de Santiago. Em 1839 a freguesia aparece na comarca de Setúbal e em 1852 na de Alcácer do Sal.
Aparecem referências a achados, na área da freguesia, de machados pré-históricos, bem como o achado de uma pulseira de ouro maciço datada da idade do bronze.
Integrada na rede europeia de turismo de aldeia, a freguesia dispõe de um conjunto de locais de interesse turístico, dos quais se destaca a zona da barragem do Pêgo do Altar, com piscinas flutuantes e parques de merendas. São ainda encontrados edifícios como a Igreja Matriz, a ponte barroca submersa, datada do século XVIII, e o cruzeiro constituído por uma cruz em granito, constituindo o património cultural da freguesia.
É uma das freguesias do concelho de Alcácer do Sal, composta por uma área total de 166,5 km2 e com 500 habitantes, a freguesia de Santa Susana tem por tradição o denominado “Madeiro de Natal”. Esta tradição consiste no acender de uma lareira que permanece ateada desde a véspera do Natal até ao Ano Novo. Organiza ainda as festas de Santa Susana, a 13 de Maio, e as festas tradicionais, celebradas a 15 de Agosto.
Sendo uma aldeia típica alentejana, a sua gastronomia e artesanato têm por base os costumes desta região do país. Deste modo, a açorda de alho constitui um dos seus pratos gastronómicos e as miniaturas de cortiça e madeira, o sapateiro, as rendas e bordados, fazem parte do artesanato da freguesia.

A Lenda de Santa Suzana


Aqui neste lugar, há muitos, muitos anos existia um casal, que era o nome que se dava à grandes quintas. Vivia nesse casal uma meia dúzia de familiares muito abastados e resolveram, um certo dia, fazer uma capela. Assim o pensaram, assim o fizeram. Como sabiam dos milagres de Santa Suzana, resolveram ter a dita Santa como padroeira. Mandaram fazer uma imagem da Santa para pôr no altar e fizeram uma grande festa em sua homenagem. Essas famílias pensaram também em pôr o seu nome na terra que habitavam – Santa Suzana.
Santa Suzana, era uma menina, que pastava as suas ovelhas enquanto lia a bíblia para quem a quisesse ouvir. Dava o pouco que tinha aos mais pobres, e rezava muito a Deus nosso Senhor. Nunca largava a sua bíblia. Mas um dia a inquisição resolveu prendê-la. Levaram-na de rastos até uma fogueira, onde a prenderam a um pau e queimaram-na viva. Santa Suzana morreu rezando a sua bíblia. É por tudo isto que a nossa aldeia se chama Santa Suzana.

Pensamento





Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade.

Georges Bernanos

segunda-feira, 16 de março de 2009

Saudade





Estou aqui
À sua espera
Como sempre, como antes,
Como amanhã...

Estou aqui,
Só,
Mas acompanhada
De tristeza, solidão,
Desesperança...

Estou aqui
E você não está...
Não tenho vida,
Falta-me ar,
Sinto-me perdida
Na lassitude dos meus
Pensamentos.

Estou aqui
E não me encontro,
Pois uma parte de mim
Dissolveu-se
Quando você partiu...

Estou aqui,
Sem alma,
Carente do seu amor...
De você!

Estou aqui
Entre quatro paredes
Perversas, solitárias
E frias...
Estou aqui
Com a sua lembrança,
Vivenciando a sua ausência
Que representa lágrimas
No meu coração ...

Estou aqui,
Chorando,
Onde antes sorri...

Estou aqui,
Sofrendo,
Onde ontem fui feliz!

Estou aqui...
(Ah, estou aqui!)
À sua espera
Como antes, como sempre,
Como amanhã...

Estou aqui
Na ânsia de vê-lo chegar
Cantado, alegre,
Revoltado
(ou mesmo apaixonado!)
E ouvi-lo dizer:
- "Estou aqui!"

Amélia Rodrigues

domingo, 15 de março de 2009

chaminé algarvia

algarve chimneys - 01

Chaminés Algarvias
As chaminés da vaidade

Cilíndricas ou prismáticas, quadradas ou rectangulares, simples ou elaboradas, as chaminés algarvias são um símbolo da região e uma prova da influência de cinco séculos de ocupação árabe. Um legado arquitectónico e ornamental presente em grande parte das cidades e vilas do sul de Portugal e visível nas ruas estreitas, na estrutura das casas e no ar de minaretes das chaminés que adornam os telhados.
E no Algarve não havia duas chaminés iguais, porque os mais ou menos elaborados motivos decorativos dependiam sempre dos dias de construção, do prestígio, da vaidade e das posses do proprietário. Aliás, era costume entre os mestres pedreiros perguntar quantos dias queriam de chaminé para avaliar o valor da chaminé a construir, que se traduzia no tempo que a mesma demorava a erigir. Quanto mais delicada e difícil era a sua elaboração, mais dispendiosa se tornava. A cor predominante era o branco da cal, mas honrosas excepções mostram ainda hoje alguns motivos coloridos, sobretudo em tons ocres e azuis.
Esta é uma das principais razões por que as chaminés algarvias ostentam as mais variadas formas, desde as simples ranhuras, aos complicados e belos rendilhados, ou à representação em miniatura de torres de relógio ou de casas. Mas sempre um símbolo visível da arte popular, uma prova de perícia para cada pedreiro e um motivo de orgulho para qualquer proprietário.
Mais do que pura utilidade, as chaminés algarvias desempenhavam um papel ornamental, sendo prova disso a presença de duas chaminés nas casas de campo, numa região em que as condições climatéricas pouco o justificam. A chaminé de uso e também a mais simples e mais funcional ficava situada na casa do forno, onde era costume fazer as refeições, enquanto a chaminé rendilhada, mais pequena e personificada, ocupava um lugar de destaque na cozinha da própria casa, compartimento apenas utilizado para receber visitas ou organizar festas.
Em termos práticos, a chaminé era considerada um sinal de presença de pessoas nas casas, um bom indício do estado do tempo e o local onde era marcada a data de construção da casa.
O interior do Algarve, especialmente Querença, Martinlongo e Monchique são os locais onde melhor se podem contemplar estas seculares chaminés algarvias, uma arte de formas geométricas e rendilhados diversos, rematada a cal, que simboliza o prestígio e a vaidade dos proprietários.

Tertúlia virtual- desejo





Desejo que acabem as guerras,que todo o mundo e todas as pessoas tenham paz,que não percam o amor enquanto seres Humanos,que se respeitem sempre,que a luz ilumine sempre todos os corações e faça as pessoas ficarem sempre alegres e bem dispostas e que vivam a vida,que tenham sempre um sorriso no rosto.
Desejo que as pessoas realizem os seus sonhos,que acabe a fome e a miséria no Mundo,que acabe as injustiças e haja igualdade de opurtunidades para todos,que acabe a miséria e o desgoverno.
Desejo muitos sonhos ,muitas coisas boas se realizem pode ser dificil mas não é impossivel,e que as pessoas sejam sempre felizes pois só se fizerem os outros felizes é que são verdadeiramente felizes.

sábado, 14 de março de 2009

pintura abstracta

Abstract Watercolor Detail 2.0

A Solidão também mata não só idosos como Jovens

Ocean View


Solidão procura solidão e, quanto mais uma pessoa se isola, à medida que o tempo vai passando, mais isolada quer estar. Quando as pessoas se apercebem que a solidão é a sua companhia, o rosto entristece, a alma desvanece, um forte pesar parece invadir o pensamento. O cenário torna-se deprimente. O futuro sem esperança.

O número de pessoas que vivem sozinhas, sem família ou companheiro(a) é cada vez maior nas grandes cidades da Europa e da América. Segundo alguns psicólogos, este grupo está mais exposto a sofrer de doenças físicas e psíquicas, o seu sistema imunológico mostra-se menos estável, menos forte e mais propício a contrair doenças crónicas.

Os homens divorciados contraem três vezes mais doenças do que os casados e o índice de mortalidade masculina depois da viuvez regista um aumento de 40 por cento, segundo revela a revista austríaca Medizin Populaer, sendo o enfarte a causa mais comum. Entre as viúvas, a principal causa de morte é o cancro e muitas morrem no ano seguinte ao falecimento do cônjugue. O extremo stress que representa a perda do cônjugue faz com que muitos percam a alegria de viver. Além disso, muitas pessoas deprimidas alimentam-se mal e algumas, em especial os homens, procuram consolo no consumo excessivo de álcool.

De acordo com Georg Gaul, da Sociedade Austríaca de Cardiologia, citado pela agência Efe, o risco de morte das pessoas que vivem sozinhas é o dobro das que permanecem acompanhadas. Perante o seu isolamento, muitos acomodam-se e acabam por adoecer com frequência, vitimados por úlcera no estômago, problemas no fígado e no aparelho digestivo, associados a uma crónica dor de cabeça.

Hans Joachim Fuchs, especialista austríaco em clínica geral, garante que vê diariamente pacientes vítimas de síndromes de solidão e de problemas de convivência, entre cujas causas está o prolongado período que viveram «debaixo das saias da mãe», o que os leva a uma maior dependência emocional dos seus pais e a uma maior dificuldade em se atirarem para o mundo de uma forma mais independente.

CONCEITO VAGO. Mas o que é, afinal, a solidão? Para a psicóloga Paula Marques, «a solidão é um conceito vago que se reveste de muitos significados». E adianta: «Weiss (1973) afirma que a solidão não é apenas um desejo de relação mas da relação certa, podendo ocorrer concomitantemente com actividades sociais». Já «para Perlman e Peplau (1982), é 'uma experiência desagradável que ocorre quando a rede de relações sociais de uma pessoa é deficiente nalgum aspecto importante, quer quantitativa quer qualitativamente'».

«O âmago da solidão», acrescenta Paula Marques, «é a insatisfação em relação ao relacionamento social, não obrigatória nem necessariamente relacionada com o isolamento objectivo. Mesmo a própria noção de isolamento abrange formulações distintas como em termos de tempo passado só, falta de relações sociais, falta de contactos com familiares e existência ou não de um 'confidente'». Assim sendo, «a solidão reflecte essencialmente uma discrepância subjectiva entre os níveis de contactos sociais desejados e realizados, podendo atingir dimensões psicopatológicas».

«O meio urbano, ao gerar diferentes dinâmicas de relacionamento entre os indivíduos, tende a marginalizar os mais fracos, incapazes de manter o seu ritmo e a apagá-los, retirando-lhes qualquer visibilidade social. Envelhecer na cidade é arriscar-se a acabar os seus dias cada vez mais só. Os idosos já não ocupam o lugar que tinham há sessenta anos. O respeito tornou-se menos profundo. Tem-se experiência mas é-se ultrapassado pelos jovens em matéria de conhecimentos; daqui advém o preconceito que nutrem os chefes de pessoal contra a colocação ou permanência no trabalho de um quinquagenário deixando caminho aberto à sensação de inutilidade», frisa.

«Apesar da boa vontade, os filhos não têm hoje as mesmas possibilidades que antigamente de tomar a seu cargo os pais idosos tanto mais que, na cidade, existe frequentemente o problema do alojamento. Em Paris, por exemplo, muitas mulheres idosas vivem nos últimos andares de prédios muito antigos (80% construídos antes de 1914) o que em parte explica o seu isolamento. Estas mulheres evitam a todo o custo subir e descer escadas ou utilizar os meios de transporte concebidos apenas para pessoas ágeis», refere .

«Para muitos idosos, as redes sociais de apoio são frágeis, cenário porventura agravado pelo suporte familiar insuficiente, quando não perturbador», adverte. «A intervenção formal do Estado e autarquias, nas suas vidas, limitou-se com frequência à criação de novos espaços residenciais que não reflectem as necessidades e valores das pessoas a que se destinam. Não houve criação de equipamentos e serviços e, muito menos, a implementação de uma nova pedagogia de convivência que provocasse uma mudança de cultura, promovendo outras solidariedades», refere Paula Marques.

«Face à ruptura de equilíbrios tradicionais, em que o cuidar dos idosos constituía uma das responsabilidades das famílias e o envelhecer era um processo integrado num ciclo de vida/trabalho, bem mais curto e simples, será necessário intervir para encontrar novos equilíbrios adequados à situação actual», defende. «Nos anos mais próximos haverá várias gerações de idosos, com elevados índices de analfabetismo e afastamento face aos progressos tecnológicos e sociais do presente, que exigirão um esforço redobrado de apoio».

Mas quem são, afinal, as principais vítimas da solidão? «Se bem que alguns estudos mostrem uma maior associação da solidão a faixas etárias jovens, não se pode excluir a importância desta temática nos idosos, até pelo crescente envelhecimento das populações ocidentais acompanhado pela degradação das condições deste grupo numa sociedade que tem por arquétipos a juventude e a produtividade».

Ainda segundo Paula Marques, «por exemplo, Barreto (1984), num estudo com cerca de 300 idosos realizado em Matosinhos, concluiu que o processo de desligamento social é mais frequente nos casados e acompanha-se, regra geral, de um reforço da ligação ao cônjuge, que no homem toma frequentemente a forma de dependência em relação à mulher. Já, paradoxalmente, a mulher que vive só mantém as suas ligações sociais até bastante tarde, ao contrário da que vive com a família».

Barreto refere ainda os níveis mais elevados de solidão em classes mais baixas por haver poucos interesses específicos bem como uma baixa capacidade de ocupação em actividades de satisfação pessoal. Tal poderá estar relacionado com a sua fraca instrução escolar ou a falta de experiência anterior na ocupação de tempos livres.

Manuel Neto

Porque hoje é dia mundial da poesia aqui fica mais um poema




A cidade é um chão de palavras pisadas


A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.

A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.

Ary dos Santos

sexta-feira, 13 de março de 2009

Saber Viver





Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

Cora Coralina

quarta-feira, 11 de março de 2009

claude monet

Monet Pictures, Images and Photos
Oscar-Claude Monet nasceu em Paris, França, 14 de novembro de 1840 e morreu em Giverny, 5 de dezembro de 1926. Ele foi um pintor francês, o mais célebre entre os pintores impressionistas.

O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha." . A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.

Seu pai, Claude-Auguste, tinha uma mercearia modesta. Aos cinco anos, sua família mudou-se para Le Havre, na Normandia. Seu pai desejava que Claude continuasse no comércio da família, mas ele desejava pintar.

Em 1851, Monet entrou para a escola secundária de artes e acabou se tornando conhecido na cidade pelas caricaturas que fazia. Nas praias da Normandia, Monet conheceu, por volta de 1856, Eugène Boudin, um artista que trabalhava extensivamente com pintura ao ar livre nessas mesmas praias, e que lhe ensinou algumas técnicas ao ar livre.

Em 28 de janeiro de 1857, sua mãe morreu e, aos dezasseis anos, Monet abandonou a escola e foi morar com sua tia Marie-Jeanne Lecadre.

Em 1859, Monet mudou-se para Paris. Frequentava muito o museu do Louvre onde copiava os grandes mestres.

Em 1861, ele foi obrigado a servir no Exército na Argélia. Sua tia Lecadre concordou em conseguir sua despensa do serviço caso Monet se comprometesse a cursar Artes na universidade. Ele deixou o exército, mas não lhe agradou o tradicionalismo da pintura acadêmica.

Decepcionado com o ensino da pintura acadêmica na Universidade, em 1862 ele foi estudar artes com Charles Gleyer em Paris, onde conheceu Pierre-Auguste Renoir, Frédéric Bazille e Alfred Sisley. Juntos desenvolveram a técnica de pintar o efeito das luzes com rápidas pinceladas, o que mais tarde seria conhecido como impressionismo.

Dois anos após conhecer Bazille, eles foram morar juntos em Honfleur. Em 1865, ajudado por seu pai, Monet e Bazille alugaram um pequeno estúdio em Paris. No mesmo ano, Monet entraria para o Salão oficial de Paris com duas telas: "Estuário do Sena" e "Ponte sobre Hève na Vazante".

No ano seguinte, Monet novamente expôs duas telas no salão de Paris: "Camille" ou "O vestido verde" e "A floresta em Fontainebleu". A tela "O vestido verde" recebeu grandes elogios por parte dos críticos e ganhou um prêmio no salão de Paris. Em "Camille", Monet retratou Camille Doncieux, que se tornaria sua futura mulher. No ano de 1867, Monet tentou inscrever a obra "Mulheres no Jardim" no Salão, que não a aceitou. A tela era tão grande que ele construiu uma vala para poder enterrar a parte inferior e atingir a parte superior da tela ao pintar. No mesmo ano, Monet e Camille teriam seu primeiro filho, Jean.


Casa de Monet em ArgenteuilEm 1868, Monet entrou em dificuldades financeiras, teve um quadro inscrito no Salão de Paris, "Navio deixando o cais de Le Havre", que recebeu uma crítica negativa. Recebeu, no mesmo ano, medalha de prata na Exposição Marítima Internacional de Le Havre pela tela "O molhe de Le Havre".

Em 1870, Camille e Monet se casaram três anos após o nascimento do primeiro filho do casal. No mesmo ano, com o início da guerra franco-prussiana, Monet e sua família se refugiaram em Londres. De volta à França e com o pai já morto, refugiar-se em Le Havre não o atraía mais, por isso Monet mudou-se para Argenteuil, onde passou a receber seus amigos impressionistas (Manet, Renoir, Sisley e outros). Na cidade, o rio Sena e as belas paisagens serviram de inspiração para numerosos quadros de Monet e seus amigos que puderam pintar ao ar livre.


Impressão, nascer do solEm 1872 ele Monet pintou Impressão, nascer do sol (Impression: Soleil Levant (atualmente no Museu Marmottan de Paris), uma paisagem do Havre, exibida na primeira exposição impressionista de 1874. O quadro deu origem ao nome usado para definir o movimento impressionista.

Em 1878, Monet mudou-se para Paris com a família devido a crise financeira. No mesmo ano, nasceria seu segundo filho, Michel. Em férias com o casal Hoschédé, Monet acabou apaixonando-se pela mulher do Sr. Hoschédé, Alice. Um ano depois, Camille Doncieux morreu de cancro aos trinta e dois anos de idade.

Em 1883, Monet mudou-se para Giverny, na Normandia. Monet trocava correspondência com Alice até a morte de seu marido em 1891. No ano seguinte ele e Alice Hoschédé casaram-se.

Na década após o seu casamento, Monet pintou uma série de imagens da Catedral de Rouen em vários horários e pontos de vista diferentes. Vinte pinturas da catedral foram exibidas na galeria Durand-Ruel em 1895. Ele também fez uma série de pinturas de pilhas de feno.

Em 1899, Monet pintou em Giverny a famosas série de quadros chamadas "Nenúfares". Em sua propriedade em Giverny, Monet tinha um lago e uma pequena ponte japonesa que inspirou a série de nenúfares. Estas obras quando foram expostas fizeram grande sucesso. Era o reconhecimento tardio de um gênio da pintura.

Monet ao pintar Nenúfares se baseou no lago e a ponte japonesa de sua própria casa, no outono,porque era nessa época do ano em que as flores caiam sobre o lago criando uma linda visão na qual Monet resolveu pintar. A técnica de Monet para pintar quadros era bastante peculiar para as pessoas e outros artistas que o viam pintando, mas a técnica de Monet desenvolvia na época foi considerada mais tarde como umas das belas do mundo, que é o impressionismo que aparenta ser de perto apenas borrões mas ao distanciar a visão, o quadro se forma nitidamente.
Monet morreu em 1926 e está enterrado no Cemitério da Igreja de Giverny, Eure, na Haute-Normandia

Obras
Eglise de Vétheuil
Banhistas na Grenouillière
Coin d' atelier
Femme assise sur un banc
Femme en blanc au jardin
Femmes au jardin
Impression, soleil levant
La Pont Neufcocozon de la sierra
La Seine à Asnières
Les bateaux rouges
Madame Monet en costume japonais
Nenúfares (1904)
Nature morte avec melon
Le Bassin aux Nymphéas
Regata em Argenteuil
Dans La Prairie

Monet Pictures, Images and Photos

Mais um selinho para a minha página :-)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Não te quero véu




Não te quero Véu


Véu não tapes os olhos,
não me deixes na escuridão
sombria,fria,triste,
deixa-me ver tudo o que está além,
tudo o que está para lá do arco-iris
de mil cores que tanto nos faz sonhar.
Deixa-me olhar para o céu e ver as estrelas,
os planetas,cometas,sentir todas as forças da natureza.
Apreciar a luz do luar,
da lua que tantas fases tem,
mas senão fosse ela quem nos iluminava e zelava por nós de noite,
quem guardava os nossos sonhos.
E com o renascer de um novo dia,
deixa-me ver o sol
que traz a esperança,que nos ilumina,
que tanto brilha dentro de nós,
que nos aquece a alma,
que nos anima nos dias em que tu véu nos tapas os olhos e não nos deixas ver, nem sentir os momentos bons da vida,
não nos deixas olhar o céu,o mar,tudo o que é belo e existe ao nosso redor.
Peço-te véu não me tapes os olhos,
leva o pessimismo,os dias escuros,
tudo o que há-de mau,
deixa-me os olhos abertos,
deixa-me ver a paz,
os momentos felizes,únicos,e inesqueciveis da vida,
deixa-me ver o brilho de felicidade e o turbilhão de emoções que está presente num olhar,
e um coração doce e amigo a transbordar de claridade,felicidade,amor
e com uma amizade e carinho que será para sempre.

Não te quero véu!!!

Susana Ferreira